


O cinema ocupou um lugar central no pensamento e na prática de Guy Debord, na sua crítica das formas de representação e do papel social das imagens. As estratégias e modos de composição formal que caracterizam os seus filmes estão já contidos no seu primeiro gesto cinematográfico, o filme Letrista, Hurlements en faveur de Sade (1952) em que as frases ditas, “desviadas” do seu contexto original, e a poesia concreta, alternadas no ecrã branco (sonoro) e preto (em silêncio), contêm já o seu projecto para uma “dialéctica da desvalorização/revalorização” dos diferentes elementos em jogo e da negação do cinema tal como o conhecemos. Os filmes posteriores prolongam a prática da apropriação e montagem de imagens de fontes diversas (excertos de jornais filmados, filmes publicitários, filmes de ficção, imagens de banda desenhada, fotografias), de imagens realizadas por Debord, conjugadas com os textos escritos e lidos, igualmente desviados do seu contexto original (citações, textos do próprio autor) a que se acrescenta a utilização pontual da música que serve de contraponto lírico às imagens. As imagens utilizadas constituem ao mesmo tempo documentos e artefactos, contendo de forma imanente a sua própria crítica, em comentários sobre o cinema e os géneros cinematográficos, as combinações entre a imagem e o texto, as relações pessoais e sociais, a ideologia, a luta de classes e a política e o lugar do Homem na História e no sistema espectacular que expõe e critica. Os filmes de Guy Debord intensificam aquilo que na obra do seu autor reflecte um discurso sobre o potencial revolucionário da juventude, sobre a amizade, o amor, conjugando o lirismo e as suas reflexões sobre a cidade, o urbanismo e a arquitectura, num constante olhar retrospectivo sobre o exercício do seu pensamento. As obras cinematográficas de Guy Debord estiveram praticamente invisíveis, interditadas de qualquer projecção pública pelo próprio realizador, após o assassinato do seu produtor Gérard Lebovici em 1984. Disponíveis sobretudo na sua forma escrita numa compilação de textos e imagens organizada pelo autor, os filmes de Guy Debord foram recentemente disponibilizados de novo para circulação, o que permite que possa ser exibida, neste ciclo, a sua obra integral. Fonte
Uivos para Sade (1952)
No Caminho de Algumas Pessoas por um Curto Período de Tempo (1959)
Crítica da Separação (1961)
A Sociedade do Espetáculo (1973)
Refutação de Todos os Julgamentos, Pró ou Contra, Sobre o Filme A Sociedade do Espetáculo (1975)
In girum imus nocte et consumimur igni (1978) parte 1
In girum imus nocte et consumimur igni (1978) parte 2
Existe a possibilidade de postatem a palestra do prof. Luís Felipe Bellintani Ribeiro (UFSC)realisada no museu da Vale do Rio Doce (Seminário Internacional Arte no Pensamento) cujo título é Arte no pensamento de Platão. Desde já agradeço.
ResponderExcluirDisponibiliza novamente o filme A Sociedade do Espetáculo. Já excedeu o no. de downloads.
ResponderExcluirobrigada
Dally, mas qual o problema? O megaupload não limita o número de downloads, eu mesma testei há pouco, a não ser que você esteja fazendo mais de um download ao mesmo tempo mesmo, se for isso, então realmente você tem que esperar um download terminar para iniciar o download de outro arquivo.
ResponderExcluirAnônimo,
ResponderExcluir"Existe a possibilidade de postatem a palestra do prof. Luís Felipe Bellintani Ribeiro (UFSC)realisada no museu da Vale do Rio Doce (Seminário Internacional Arte no Pensamento) cujo título é Arte no pensamento de Platão. Desde já agradeço."
vou tentar, meu caro.
ja fiz o download mas queria muito botar a legenda, alguem pode me ajudar?
ResponderExcluirMuito bom o site! Fazia um bom tempo que procuro esses vídeos do debord...
ResponderExcluirMaravilhoso disponibilizarem esses filmes.
ResponderExcluirAcompanho a algum tempo o "Café Filosófico". É muito bom questionar e pensar, pensar; escrever e ouvir tantos outros pensamentos que contribuam para a formação da opinião.
ResponderExcluirDifícil encontrar filmes clássicos, parabéns por disponibilizá-los nesse meio, será muito importante para minha formação - ainda vestibulando, mas futura profissional em Audiovisual.
Abraços.
Baixar o Documentário - A Sociedade do Espetáculo - http://mcaf.ee/w9jit
ResponderExcluirInfelizmente o cinema , tem ocupado , eu acho que o cinema tem tornado um mundo pior , eu sou mesmo da moda antiga filosófica sem enfeites , pra me a filosofia não precisa desses meios sofisticados , a filosofia é isso mesmo , acho que nós , filósofos não deveria abandonar o modo clássico , talvez se os grandes filósofos existissem nos tempos modernos , desclassificados toda essa modernidade , acho que eles não traíram os princípios.
ResponderExcluirGostaria , de deixar o endereço do meu blog.
Que todos seja bem vindos.
https://configurandoosmomentos.blogspot.com/2022/10/tudo-certo.html.
Obrigado.
Desculpando os erros , eu quis dizer se os grandes filósofos existissem , desclassificaram essa cultura cinemática , desde de Hollywood até os confins do mundo.
ResponderExcluirEu acho que as palestras filosóficas são, importantes , mas sem esses clichês que vemos , os filósofos antigos se reuniam mesmo no cru no seco , e os ouvintes eram atraídos pela humildade dos mesmos.
ResponderExcluirDeixo meu watssap , todos os cinseros filósofos , 7488365926.
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